"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

sexta-feira, setembro 22, 2006

Nenhuma flor em contra-fogo



I.
Arestas de agitação profunda
como um esquecimento.

2.
O que me dói no chão[ e nas palavras]
é o latejar de uma fuga que não existe.

3.
Nenhuma flor[ou o fulgor do medo].

4.
O silêncio crepita
e a solidão do mundo é maior.


poema: Sandra Costa, Nenhuma Flor(8 poemas para 8 fotografias do incêndio em Belgais, 2004)
foto: Nelson D'Aires, Contra-fogo, vencedor do prémio Fnac Novos Talentos Fotografia,2006

2 comentários:

ccc disse...

assim estou mais descansada, deixa-me absorver a energia da tua nova casa.

ana c. disse...

senta-te e bebe um café comigo.

Ontem foi:

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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