"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

sábado, novembro 04, 2006

memória


©Az

Passeávamos devagar
pelos jardins
coleccionando nos olhos as estátuas
as árvores - o bronze
e o calor que existia no voo
de cada pássaro

Agarrada à tua mão
ao teu casaco
sentia um medo solto de criança
sabendo naquilo que te dava
os outros viam só caprichos brancos

e assim andávamos
calados
rasgando cada dúvida
aos bocados

Maria Teresa Horta

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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