"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

terça-feira, maio 29, 2007


Az, de santiago a finisterra


um anticiclone percorre as mãos em desvario
amanho como posso os dias desejaria perder
no corrupio das chuvas os indícios do medo
que cavalgam rumo ao coração e derrubar
as palavras com o gume cortante do silêncio
talvez seja possível aprisionar a claridade do mundo
na bainha deste poema enquanto pode o olhar
reter a intempérie e as raízes

joão manuel de oliveira ribeiro

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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