"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

sábado, junho 23, 2007

eu ia fazer um post enorme que começava por dizer que este blogue nunca foi sobre mim. que nunca falo sobre mim. depois falava de outros verões, de outras gentes, do alentejo, dos girassóis, dos laços que perduram, não pelo sangue (nada se guarda nas veias)mas pela fome do coração. falava da estranheza de fazer do "love will tear us apart" o momento alto das minhas noites no mercedes. falava do senhor habitual que costuma aqui entrar, a falar-me de poemas em livros, a querer dizer-me alguma coisa sugerindo-me a leitura de determinada página. o mesmo que me diz "agora cada vez que oiço kings of convenience lembro-me de si, quando estava ali a escrever o seu diário com os olhos levemente humedecidos". achei-lhe piada. acho-lhe sempre piada.
mas depois a mary entrou aqui e ofereceu-me um manjerico e eu fiquei sem nada para dizer. ainda assim, acho que ela continua a não perceber por que é que os manjericos me comovem.

2 comentários:

Miguel disse...

Os manjericos enternecem-me porque se melindram com narizes mas não com afagos.

ana c. disse...

eu diria que se melindram com tudo o que lhes chega em excesso.

Ontem foi:

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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