"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

segunda-feira, setembro 24, 2007

À ana-dos-anjos-tinoco, pela poesia que traz dentro

as palavras que te nascem, essa espontaneidade na fala, no que aflora à ponta dos dedos.as borboletas a dançarem-te nas veias, os dias que trazem vento na voz, as nuvens como uma canção a atrasar o relógio. de olhos abertos, de encontro ao horizonte, a cidade viaja-te.
se és anjo, se entendes a sua fala, saberás de cor o caminho por onde se regressa.
ou vais dizer que tudo não passa de um retrato?

todos os dias.
pressente a areia dos espelhos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Em mim rende-se tudo ao mesmo saco, nós e os retratos. O restante dos seres humanos, tudo pensamento, tudo cor céu, parcelas maquilhadas. Vivemos submersos nos quadros, nas pinturas saqueadas, em outros corpos nossos, com trilhos de santo e anjo.

O meu beijo
ana

Ontem foi:

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

Sopra-me ao ouvido: