De que morte é feita a palavra? Folheio-te, Fernando. Sacio a fome dos olhos e a sede da boca, a aspereza das mãos, o desequilibrio do corpo, com os teus múltiplos orgasmos de fingimento. Foste-te a 30 de novembro de 1935, mas ainda te vejo, como na história que nos contaram, de pé, caneta enlaçada nos dedos, copo pousado ao lado do papel, a escrever uma ode qualquer pós-moderna.
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Basta Pensar em Sentir
Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.
Viver é não conseguir.
F.Pessoa
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