"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro
quarta-feira, abril 02, 2008
Não tenho qualquer dúvida. As melgas gostam do meu sangue. Quando dou por elas é sempre tarde demais. Acordo como que para a metamorfose de Kafka. Mas é impossível esconder-me. A boca, os olhos...a reacção do corpo é semelhante. Parece que levei um murro nas ventas. No outro dia aconselharam-me um gel para reduzir a reacção alérgica. Dirigi-me à farmácia mais próxima, já sem vestígio da picada, e o técnico que me atendeu torceu o nariz, disse que aplicar uma pomada nos lábios não seria grande ideia e perante o meu desesperado "então o que é que sugere?" respondeu que o melhor era eu cobrir-me durante o sono. Logo eu que detesto dormir com a cabeça tapada! Não segui o conselho. Hoje acordei com o olho direito à boavista, mas na sua versão menos negra. Aconselham-se agora uns óculos de sol. Que a luz da tarde até os pede, mesmo sem qualquer outra desculpa.
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- a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_
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10 comentários:
tens de dormir assim http://img.alibaba.com/photo/10971588/Mosquito_Double_Bed_Net.jpg
;))
era mesmo essa a imagem ideal para este post ;-)
Também sempre tive problemas com melgas, e como durante 18 anos vivi ao pé do pinhal a tempo inteiro, e mais uns anos em part-time, imagina o que sofria. Eram banhos de sangue, alem de que nao consigo dormir com o barulho das ditas. Felizmente agora vivo na civilizaçao, e contam-se pelos dedos de uma mão as melgas que já vi ou ouvi. Ainda por cima sou alergico à picada de insectos!
deves estar tão bonita! a minha ana com dói-dói no olhinho...cutchi-cutchi. (hihi)
eu também não vivo propriamente no campo... mas nas traseiras das casas desta cidade os quintais não são muito civilizados e a ASAE não entra lá!é pena...
estás-te a rir, limão? pois que és demasiado azeda para que as melgas te ataquem :p
enganas-te. a mim mordem-me sempre. elas sabem pressentir a minha doçura: não está na pele, à superfície (essa é azeda), mas está no sangue, e elas sabem-no bem demais. as melgas existem para me lembrar da minha doçura.
é uma maneira bonita de ver a coisa, que não é nada bonita de se ver. tradução: é uma merda, é o que é.
de resto, hoje não me rio. fui tirar um siso e estou proibida de sair de casa. tenho de pôr gelo, não posso deitar-me, não posso comer quase nada. acontece que hoje são os Naragonia a tocar na ESMAE, a minha banda preferida de sempre, de tradfolk. há mais de uma ano que espero vê-los, foi por causa deles que tudo começou. é claro que vou vê-los, era só o que faltava ficar em casa, mas não posso dançar e vou morrer de frustração por ver aqueles idiotas todos a dançar Naragonia. apetece-me insultar toda a gente, a raiva é demasiada.
isso. revolta-te. não te rendas ao ciso, nem às costas.
não duvido da tua doçura. sou melga ;-)
*siso (corrigido a vermelho) ;-)
Também tenho um matagal aqui atrás de casa, mas por acaso melgas nao tem aparecido... no outro dia um ratito, mas nada que o Papu nao desse conta (ou seja, alertou-me que estava um objecto estranho em baixo do frigorifico e depois deu-lhe umas palmadinhas). Foi a primeira vez que o vi a exercer o seu instinto caçador.
uau! prefiro melgas a ratos! espero nunca ver o simão e a teresa a exercerem o seu instinto por motivos semelhantes a esse ;-)
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