"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

terça-feira, agosto 19, 2008

PROMISSES (to be broken)


ana c., Lisboa, agosto 08

enrolo-me no assobio lento da manhã. ainda é agosto. eternamente agosto. e os corpos queimam. e o silêncio queima. e a pele... (shiuu!) o único perigo é arder na distância. com a fome a corroer a ponta dos dedos. de mãos caladas.

pressinto o paradoxo de não saber chegar ao fim. de enganar-me de começos. e o tempo sempre tão breve. é quase suficiente pestanejar para partir.

. onde está o mapa?

eu não mereço esta estrada.


mas mais um pouco. curva e contra-curva.

quando chegar outubro, nas primeiras folhas lambidas do chão, voltarei a escrever.
quase que sei.

mais uma promessa. haja fé para a cumprir.

(e para nos entretantos ainda sorrir.)

2 comentários:

indigo des urtigues disse...

sorri muito :)

Beijo

ana c. disse...

beijinho, indigo.

Ontem foi:

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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