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ana c., Lisboa, agosto 08
enrolo-me no assobio lento da manhã. ainda é agosto. eternamente agosto. e os corpos queimam. e o silêncio queima. e a pele... (shiuu!) o único perigo é arder na distância. com a fome a corroer a ponta dos dedos. de mãos caladas.
pressinto o paradoxo de não saber chegar ao fim. de enganar-me de começos. e o tempo sempre tão breve. é quase suficiente pestanejar para partir.
. onde está o mapa?
eu não mereço esta estrada.
mas mais um pouco. curva e contra-curva.
quando chegar outubro, nas primeiras folhas lambidas do chão, voltarei a escrever.
quase que sei.
mais uma promessa. haja fé para a cumprir.
(e para nos entretantos ainda sorrir.)
2 comentários:
sorri muito :)
Beijo
beijinho, indigo.
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