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Pavel Banka
Preciso disto. Um poema a preto e branco. E inclinar o corpo para o voo. A minha geografia é simples. São as mãos a roerem a terra. A cavarem palavras na linha enviesada onde árvores bebem de esguelha a noite e a lua e o uivo das janelas batidas pelo vento.
Neste tempo, todos os lugares são demasiado longe daqui. E eu quero ficar perto.
Era domingo. Anoitecia. E a cidade... nada mais que um braço a crescer ao longo do rio.