"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

quinta-feira, novembro 20, 2008

as mãos mais pequenas

As mãos mais pequenas que alguma vez segurei por entre as minhas. As mãos mais pequenas ainda são pequenas. Mas já gatinham. Já quase que caminham sem desequilíbrio. Já batem palmas. Já esboçam palavras. As mãos mais pequenas já têm dentes a nascer por entre o riso. Das mãos mais pequenas já há um dedo que se destaca dos restantes para dizer que têm um aninho.

E eu que andava atrás de casa, lá fui, dar os parabéns, ver o apagar da vela, os risos, o cheiro a bolos. Em cada regresso, o que fica é a ternura que sempre resiste.


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(Não sei se é por a minha sobrinha estar a crescer, mas tenho, finalmente, começado a sentir o peso dos trintas.)

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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