"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

sexta-feira, dezembro 05, 2008


ana c.


devagar o inverno vem lamber as janelas

e as mãos aguardam a ternura
de um nome

(as manhãs arrefecem no colo enquanto os gatos dormem)

2 comentários:

Alexandre disse...

[devagar]

o inverno vem devagar

[e as mãos que gatanham]
espalmadas nas janelas
[e as mãos]
que negam a ternura de um nome
[de um nome qualquer]

mãos que rumorejam gatos
[gatos que arrefecem às janelas]
animais ferozes subitamente desdentados a rosnar ao vazio.

ana c. disse...

obrigada, Alexandra, por este rumorejar de mãos.

Ontem foi:

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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