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Gus Van Sant de novo numa sala de cinema.
Este é mais um dos seus filmes que pode ser levado para uma aula de sociologia para exemplificar a emergência, desenvolvimento e reprodução de fenómenos eminentemente sociais. Nomeadamente, exemplificar a importância do líder e da arma discursiva nos processos de reivindicação de direitos e de reconhecimento social de minorias.
É um filme sem a poética tão característica das realizações de Gus Van Sant. Apenas um pormenor de relevo a esse nível, quando filma uma das cenas através do reflexo captado pela face de um apito, símbolo da convocação de massas e imposição da ordem social.
De resto, o filme respira Sean Penn que encarna Harvey Milk para lutar pelos direitos da comunidade homossexual emergente em São Francisco.
Harvey Milk iniciou na década de 70 uma luta que nunca terminaria. Morreu antes dos 50, como vaticinou, assassinado por um inimigo político.
Não há propriamente uma moral a concluir o fecho da história montada por Gus Van Sant. E, desse ponto de vista, na minha opinião, este filme distancia-se das suas anteriores (mais recentes) abordagens. No entanto, não deixa de provocar uma certa dúvida: de Milk (séc. XX) até Obama (séc. XXI) o que é que mudou na américa e no mundo relativamente aos direitos de determinadas minorias?
2 comentários:
tenho de por este filme na minha agenda!
bisou
ah tens mesmo!
Eu adorei este filme. Como um assunto tão delicado ( já que as pessoas ainda não conseguem ter a mente aberta( e as vezes o corpo :/) foi tão bem conseguido!
bj
ps: espero que n achas mal responder no teu blog..
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