"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

terça-feira, julho 28, 2009






















Ana C., Guimarães

sexta-feira, julho 17, 2009

tu-lips



Como gosto de retratos e palavras nas paredes, o meu irmão trouxe-me um detalhe da parede do quarto de Anne Frank na Casa-Museu de Amesterdão. Flores também. As tulipas não murcharam durante a viagem. Nem ao longo destes dias em que ficaram fora de água. Mas o que eu gostava mesmo era de saber nadar e de ter tido a coragem de me atirar daquela ponte com vista para os moinhos e de ter feito um sorriso tão grande quanto o dos miúdos loiros que, a troco de um euro, mergulharam no rio. Se soubesse nadar teria ido atrás, como tu foste. São essas viagens que marcam. Por que se nos ficam gotas na pele.

"..mais olhar do que corpo..."

















Ana C., accidental foto

quinta-feira, julho 16, 2009

















Ana C., 09



Nem todos os frutos vermelhos
merecem o céu da tua boca

Jorge Sousa Braga, fogo sobre fogo

quarta-feira, julho 15, 2009

um fragmento de selva


Joana Linda


Cheguei mais perto -
apenas te restava um fragmento de selva
preso numa das patas.
Nenhuma pele nenhuma língua
nem a lama de que fui homem
e fui antílope:
- O que fazes dentro de mim?
- Vim morrer em casa.

Catarina Nunes de Almeida, Prefloração

quinta-feira, julho 09, 2009

A mentira não está no discurso, está nas coisas.

As cidades invisíveis, Italo Calvino


Ando à procura das gaivotas bebés no telhado em frente. Estão escondidas por detrás das chaminés e das antenas. Podem não acreditar mas acabei de ver uma, de pêlo eriçado, a caminhar pelas telhas. Cinzenta. Acho que estou emocionada. Podem não acreditar.

domingo, julho 05, 2009

não interrompas o gesto
















Pina Bausch, Paulo Pimenta


as árvores povoadas de bichos e de sonhos
é aí que repouso
num dos ramos
a baloiçar os cabelos rente às estórias

deixo as mãos caídas
como se a terra lhes trepasse os dedos
e lhes inventasse a primeira voz das manhãs

Ontem foi:

About me:

A minha foto
a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

Sopra-me ao ouvido: