Tomei conhecimento da minha inibição de conduzir por um período de 30 dias, mais 180 dias de “pena suspensa”, hoje, último dia da minha última semana de férias deste ano. Esta decisão decorre de uma contra-ordenação grave, praticada no dia 11 de Março de 2009, em sequência do estacionamento do meu veículo na proximidade de uma passadeira. Não fui eu que pratiquei tal acto mas fui eu que assumi a culpa. O altruísmo não compensa. Também não compensa pagar multas sem contestação prévia. Os tribunais arrastam processos importantes que mantêm a vida de pessoas encalhadas durante meses, anos, mas decidem sobre assuntos tão banais quanto o estacionamento na proximidade de uma passadeira. E ainda enviam notificações para casa dos supostos “arguidos” numa linguagem que nem eu, com formação universitária,entendo por completo.
Daqui a um mês, sei que estarei a receber outra carta em casa mas, desta feita, a informar-me que a minha queixa contra desconhecidos, motivada pelo acto de vandalismo aos 4 pneus do meu veículo, estacionado em zona própria, foi arquivada por investigação inconclusiva.
É nestas alturas que eu percebo todos os anarquistas do mundo. E percebo deus, que nos observa de longe, aguardando ansioso o dia do juízo final.