"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

terça-feira, dezembro 08, 2009

Dá uma esmolinha à velha. Subia a rua. O corpo curvado e a voz rarefeita. Dá uma esmolinha à velha. A mão estendida. Os carros sem tempo para nada. Os olhos no chão. Nas árvores. Nas montras. No cimo dos prédios. Dá uma esmolinha à velha. E ao longe ainda Dá uma esmolinha à velha. Na verdade, como em qualquer lugar comum, eu descia a rua de bolsos vazios.

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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