A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Ainda não sei
Há sempre qualquer coisa que está p’ra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Ainda não sei
Ensinas-me a fazer tantas perguntas
Nas voltas das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
P’ra ficar pelo caminho
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Ainda não sei
Há sempre qualquer coisa que está p’ra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Ainda não sei
J.P.Simões, 1970
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"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro
sábado, dezembro 16, 2006
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3 comentários:
Mas esta letra é do José Mário Branco, não é?
pois...letra e música de josé mário branco
(Precipitei-me a comentar antes de reparar no link e descobrir que, efectivamente, era a letra da "Inquietação"!)
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