às vezes não sei o que dizer e fico com as palavras
olho só
para ti, lá fora
para o teu cabelo em equilíbrio quando atravessas a estrada
no jeito sinuoso de quem vence o vento
ou quando no estado terno do teu sono te encontro no meu peito
às vezes há coisas que nunca digo e espero que não morram
como se dizê-las fosse quebrá-las, roubar-lhes magnificência
há coisas que não digo, mas nunca esqueço:
a casa são as tuas mãos, a tua mão sobre a minha mão
os teus olhos a chamarem-me, o teu sorriso a invadir-me
perguntas em que penso e eu digo penso em nada
como se o nada cobrisse a mente e o pensamento de quem ama
como se o nada fosse maior do que o nada em que o mundo se torna
não quero dizer
não quero dizer todas as imagens
ou todos os tons da tua voz que ainda não sei como escrever
não sei escrever as tuas mãos
não posso escrever as tuas mãos
não posso escrever o beijo
Tânia Serra, guardado
daqui
"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro
terça-feira, abril 17, 2007
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2 comentários:
um abraço daqueles
que voltam.
e eu voltarei:)
Faz lembrar o famoso 'não posso adiar o coração para outro século'. Faz lembrar no bom sentido :) um poema cheio de ternura e 'legível' para todos.
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