As fronteiras não separam países. Separam pessoas. Por aqui, à entrada de Lisboa, as mãos de homens e mulheres chegados das ex-colónias construíram casas para caberem dentro. Vieram filhos, vieram familiares, vieram amigos, vieram vizinhos, vieram desconhecidos...Mais casas, mais telhados, mais ruas estreitas, mais espíritos desalinhados. E a noite a acender medos. Casas com janelas. Casas com sonhos dentro. E a
Vanda espreitava por uma delas.
Ilusão é pensar-se que basta arrancar casas ao chão para se abolirem fronteiras.


©ana, Amadora: (ex-)Bairro das Fontainhas e Bairro 6 de MaioMais adiante, o mar. As mãos fechadas. O vento a entrar pelos cabelos. O sol a seduzir a superfície das águas.
Ainda me chamaste, eu sei. Mas tive medo. Trago pedras nos bolsos. E os bolsos são fundos.





©ana, Cascais: Guincho e Boca do Inferno
3 comentários:
Essas fotos trazem-me recordações tão boas....
até amanhã,
Vera
sempre que quiseres, levo-te lá ;-)
até logo
p.s. - gostei de te encontrar por aqui.
cabe mais um pendura? :P
Enviar um comentário