"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

quarta-feira, agosto 08, 2007

As fronteiras não separam países. Separam pessoas. Por aqui, à entrada de Lisboa, as mãos de homens e mulheres chegados das ex-colónias construíram casas para caberem dentro. Vieram filhos, vieram familiares, vieram amigos, vieram vizinhos, vieram desconhecidos...Mais casas, mais telhados, mais ruas estreitas, mais espíritos desalinhados. E a noite a acender medos. Casas com janelas. Casas com sonhos dentro. E a Vanda espreitava por uma delas.

Ilusão é pensar-se que basta arrancar casas ao chão para se abolirem fronteiras.



©ana, Amadora: (ex-)Bairro das Fontainhas e Bairro 6 de Maio

Mais adiante, o mar. As mãos fechadas. O vento a entrar pelos cabelos. O sol a seduzir a superfície das águas.
Ainda me chamaste, eu sei. Mas tive medo. Trago pedras nos bolsos. E os bolsos são fundos.


©ana, Cascais: Guincho e Boca do Inferno

3 comentários:

Anónimo disse...

Essas fotos trazem-me recordações tão boas....

até amanhã,

Vera

ana c. disse...

sempre que quiseres, levo-te lá ;-)

até logo

p.s. - gostei de te encontrar por aqui.

Happy and Bleeding disse...

cabe mais um pendura? :P

Ontem foi:

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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