"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

sexta-feira, janeiro 11, 2008

esta noite
o vento voltou a encrespar portas e janelas
depois vieram gaivotas
e pousaram pedaços de mar no tecto das casas
e a cidade tremeu
(e tu tremeste-me nas mãos)
à espera de outra coisa qualquer
semelhante ao primeiro de todos os dilúvios
(ao primeiro de todos os beijos)



daniel blaufuks

1 comentário:

hfm disse...

Como gostei de ler!

Ontem foi:

About me:

A minha foto
a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

Sopra-me ao ouvido: