"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro
segunda-feira, janeiro 14, 2008
Sarah Wilmer
não há qualquer urgência nos corpos
as horas trazem ainda pequenos detalhes da ausência
a janela sobre a cidade, o rio a escorrer por entre margens,
o cimento recortado pelas luzes,
as luzes a anoitecerem-nos por dentro
rasgo as cartas deixadas sobre a mesa
guardo os selos das distâncias
agora, sabes, a única certeza são as borboletas
a levantarem vôo por entre o ondulado dos cabelos
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5 comentários:
O teu poema faz a síntese entre o Nuno Júdice e o José Luís Peixoto.
Gosto de ambos.
tão lindas palavras merecem ser guardadas aqui dentro de minh´alma ...
:)
guardei este poema como "guardo os selos das distâncias". Belíssimo!
éi :)
obrigada.
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