
Sarah Wilmer
não há qualquer urgência nos corpos
as horas trazem ainda pequenos detalhes da ausência
a janela sobre a cidade, o rio a escorrer por entre margens,
o cimento recortado pelas luzes,
as luzes a anoitecerem-nos por dentro
rasgo as cartas deixadas sobre a mesa
guardo os selos das distâncias
agora, sabes, a única certeza são as borboletas
a levantarem vôo por entre o ondulado dos cabelos
5 comentários:
O teu poema faz a síntese entre o Nuno Júdice e o José Luís Peixoto.
Gosto de ambos.
tão lindas palavras merecem ser guardadas aqui dentro de minh´alma ...
:)
guardei este poema como "guardo os selos das distâncias". Belíssimo!
éi :)
obrigada.
Enviar um comentário