"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Eu costumava gostar de viver nas coisas para sempre. Eu costumava gostar de viver nas coisas para sempre. Até perceber que nunca se vive nas coisas para sempre. Porque a verdade é simples e é esta: isto é o que hoje é. E mais nada. Eu costumava gostar de viver nas coisas para sempre. Porque há coisas que eu gostava mesmo que pudessem permanecer intactas e por tempo indeterminado coladas ao corpo. Há coisas que eu gostava mesmo que não sucumbissem ao seu inelutável fim.
Como daqui a uns tempos, poder ouvir-te de novo dizer: trago borboletas vivas na barriga porque gosto de ti. Porque gosto de ti. Gosto de ti. De ti. Ti.



Ana Luandina


"Assim, a dificuldade já não está em saber como descobrir, inventar, construir, montar (ou até mesmo comprar)uma identidade, mas em saber como impedi-la de se tornar demasiado densa - e de se pegar ao corpo."


A vida fragmentada, Ensaios sobre a moral pós-moderna, Zigmunt Bauman

Sem comentários:

Ontem foi:

About me:

A minha foto
a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

Sopra-me ao ouvido: