"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

domingo, março 09, 2008

Cadeia da relação

Serralves. Júlio Pomar. A arte de guardar fragmentos.
Apeteceu-me esvaziar os bolsos e as gavetas e fazer arte.
Dos meus preferidos, as descrições.



Retrato do autor como artista da pena, 2002

Pastel, carvão e giz sobre papel colado sobre tela com maçã de plástico,
pena, relógio, despertador com corrente.


As navegações de Ulisses, 1997-2004

barro cozido,penas, madeira, espelho, fragmentos de osso, plástico,
pedra, ferro, corda, bandeira de tecido sintético sobre madeira.

Arca de Noé, 2003

Tinta acrílica, carvão e pastel sobre tela com urso sobre faca de cozinha e crocodilo de plástico sobre madeira, borboleta, canivete, papagaio de madeira, pássaro de madeira e pena de madeira, boneco de plástico e arame.

A expulsão do Paraíso, 2000-02

Tinta acrílica e pastel de óleo sobre tela com cobra de borracha, maçã de cerâmica, espelho com moldura, bouquet de casamento e botão.

Retrato de Júlio Pomar por Joaquim Pires de Lima e continuado por aquele, 2007

Assemblage: animais de borracha, peluches, brinquedos de plástico, flores artificiais, miniatura de um quarto de madeira, mecanismo eléctrico, pneu de borracha, relógio, cortiça, espelho, régua, tesoura, colagens de fotografias, metal, quadro em tinta acrílica sobre cesto de verga.

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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