"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

sábado, novembro 08, 2008



Lilya Corneli

Ambas como esferas tendo
por vocação o choque a premeditação
que há em ir-se morrer
ambas nos campos sofrendo
a incidência lunar dois
gumes ambas de costas voltando
ao diâmetro de um corpo
de outro
no recuo mais fundo dos címbalos arrebatando
pássaros às árvores
como guindastes os gatos
faliam planos de voo
partiam sozinhos num regresso
essencial
Sobretudo as mulheres ficavam
a habitar a perda

Andreia C. Faria, De haver relento

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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