"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

terça-feira, novembro 04, 2008


Nan Goldin

(...)Interesso-me imenso por animais neste momento. Acho que desisti das pessoas, de várias formas. Acho que muitas das minhas paisagens têm a ver com perda e solidão.
Seja como for, na altura, pareceu-me que a forma como as pessoas enterram os seus animais e o amor e total aceitação que tinham para com essas criaturas com as quais viveram tanto tempo é menos ambivalente, talvez, do que o que sentem por outras pessoas. É um amor mais incondicional. Para mim, essa lápide é sobre isso.


Nan Goldin, em entrevista ao Ipsilon, 24 de outubro
(a propósito de uma foto tirada num cemitério de animais em Lisboa. não encontrei a foto. mas tenho na memória a imagem do cemitério.)

4 comentários:

indigo des urtigues disse...

Adoro o trabalho dela! :) E belas palavras as dela...tb com a experiência de vida dela...

indigo des urtigues disse...

Fonix! agora reparo nas repetições da palavra "dela". credo!:S Comentar à pressa em horário laboral, dá nisto!:P

[m.m. botelho] disse...

A expressão "amor incondicional" sempre me pareceu uma tremenda contradição. Aliás, cada vez mais me parece.

ana c. disse...

o trabalho da nan goldin é ele próprio uma desconstrução da incondicionalidade do amor. mas acredito que ela, em algum momento da sua vida, já tenha acreditado nessa incondicionalidade. é preciso tê-lo feito, pelo menos, uma vez na vida. acho eu.

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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