84,50 km mal divididos por 4 dias.os pés não se queixam. as costas não se queixam. os olhos, a pele, os sentidos...esses, sim, queixam-se deste regresso à rotina!
notas de viagem:
enfeito os teus cabelos com flores do caminho.
sou uma árvore a dançar entre azuis.
sei agora: um combóio partiu contigo dentro.
tão certo como o sorriso ser a melhor forma de abraçar.
quero misturar-me aqui e não mais separar da pele do corpo estas cores, estes cheiros.
a mão é grande e não nos permitirá a queda.
por entre a saudade, esta janela hoje saber-me-á a um abraço.
como na última ceia, fomos 13 a ocupar os lugares à mesa.
janela para o mar e uma promessa.
zeca afonso no lugar onde a terra acaba.
fumar mata.
queimo os atacadores das sapatilhas e regresso mais leve.
pedras, folhas, flores, conchas e algumas gotas de chuva, algumas gotas de mar, na mochila.
a pele é areia de praia.
ardem-me poemas nos dedos.
os meus cabelos, presos num lenço, esperam que os desenroles nos lençóis do teu peito.
só o coração sabe verdadeiramente o nome das coisas que ficam.
agora que aqui estou como fazer para voltar?
"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro
quinta-feira, maio 24, 2007
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2 comentários:
como um caminho revi os meus passos no texto.
quando, deitei fora o pente que me pesava a mochila e troquei-o por uma folha de pleno verão.
quando o coração no silêncio descobre verdadeiramente o nome das coisas que ficam.
:)
Não faças para voltar, adia o encantamento por mais uns dias. Depois as coisas acabam por nos obrigar a regressar. Gosto das tuas notas de viagem, reportam-me imediatamente para alguns lugares e momentos. Foi tão bom!
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