Ontem, na Aula Magna, os Clã entraram de GTi e passadas cerca de 2 horas de concerto, deixaram o público com energia para um Dakar. Já muito tinha ouvido dizer sobre as actuações dos Clã e ontem pude constatar como nada, mas mesmo nada, é exagero de fã número um. Na verdade, os Clã são uma grande banda. Todos os elementos do grupo sabem muito bem o que fazem em palco, o que não querem fazer e por onde pretendem levar o público. Ontem, à terceira canção, já havia pessoas levantadas das cadeiras a dançarem energeticamente, seguindo o espírito da Manuela Azevedo. Nem consigo comentar o que esta mulher é em palco.
Ora num registo mais rock, ora num registo mais acústico, o concerto foi perfeito. Nem faltaram aqueles momentos especiais, aqueles que se recordam mais tarde, como os aviõezinhos de papel atirados para a plateia, num dos gestos mais poéticos da noite. No dorso do avião, a letra da canção que fala sobre a separação entre dois amantes.
Não faltaram as míticas Sopro do coração e Problema de expressão. Mas o momento alto da noite, para mim, foi aquele em que Manuela Azevedo anunciou que ia cantar algo que não era muito habitual ser tocado ao vivo, mas que tinha sido muito bonito no primeiro concerto dos Clã na Aula Magna. E abriu-se a porta a Loja de porcelanas. A música preferida de Manuela do álbum Kazoo. Talvez a minha música preferida dos Clã.
Foi uma noite perfeita. Chegámos no limite das 22h00 mas conseguimos um bom lugar. Dançámos, cantámos, e no final ainda pedimos mais, mesmo depois de dois regressos ao palco. A Aula Magna é uma sala mágica. Não há coliseu que lhe faça sombra.
loja de porcelanas
O que fazia um elefante
na tua loja de porcelanas
sei que não me vais dizer
foi por ele que tu me trocaste
e eu nunca soube porquê
nem nunca virei a saber
às vezes a beleza dói
quando o olhar reflecte
o que o coração inventou
o que fazia um elefante
na tua loja de porcelanas
sei que não me vais dizer
entrou e saiu pela frente
deixou tudo em pantanas
e tu voltaste a sofrer
e quando o ideal cai
tudo aquilo que promete
nunca acontece
...
Pois é
"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro
sexta-feira, dezembro 07, 2007
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6 comentários:
o elefante fugiu do youtube.
de facto. nunca encontro aquilo que procuro.
não? :P
LOLLLLLLLLLL
eu não sabia que esta música era dos Clã! faz parte das minhas memórias longínquas, mas não a associava a ninguém. heheheh. a verdade é que não gosto de clã, exceptuando uma ou outra coisa como esta música, o problema de expressão...e acho que não sei qual é essa da loja de porcelanas.
vou emprestar-te Clã. precisas de mudar de ideias.
ui, preciso? :P está bem. (eu já tive um cd emprestado de clã em casa...mas está bem)
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