"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

quinta-feira, abril 10, 2008


ana c.

talvez agora pudesse apagar a tua imagem incendiária,
mas preciso muito lembrar as tuas mãos ou a forma como
os teus olhos riam, preciso muito da primeira canção ou
um beijo urgente, sabes

a memória de ti não chega, não acalma não acaba
há noites em que o silêncio me devolve o grito e a pergunta
e o medo, e então prefiro pensar que estás aí,
a olhar-me entre as palavras, nas ruas por onde passo

na noite onde te invento e adormeço

Susana Almeida

in Revista Criatura

à venda aqui

2 comentários:

Cometa 2000 disse...

não conhecia. belíssimo poema.

L. disse...

ola ana

Deixo aqui o link para o meu novo blog de poesia, “uma só vida?...”
Vou postar por lá a minha poesia toda, entre 1995 e 2008

Acrescentei lá o teu link, estou a tentar juntar o máximo de blogs de poesia em português

Ontem foi:

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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