"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro

quinta-feira, junho 26, 2008

Let´s pretend it's not my heart*




Ao ler o Ipsilon de sexta-feira passada (ando com as leituras em atraso, claro!) não pude deixar de estacionar longamente no artigo sobre os magnetic fields e as suas 69 canções de amor. Vários motivos para me deter nele. Porque me surpreendeu conhecer uma das pessoas que contribui com o seu testemunho para o mesmo (aliás, conheço duas mas isso agora não interessa nada). Porque os magnetic fields foram das primeiras bandas alternativas a entrarem-me pelos ouvidos (e por outros sentidos também para não ser tão reducionista). Porque foi inesquecível aquele outro concerto na Aula Magna...em primeira fila. Porque o alinhamento dessa noite nas cadeiras é impossível que se repita. Porque 69 love songs é a desconstrução do amor e na altura em que as ouvia repetidamente estava longe de saber o que isso era (ou de ter a pretensão de saber). Porque hoje apeteceu-me pegar no triplo cd ligeiramente perdido na prateleira e resgatá-lo para a minha noite. E concluo que continuo a gostar muito dele. Porque hoje não estou na Aula Magna. Porque não quereria estar hoje na Aula Magna. Porque, nem sei bem porquê, mas...
E porque as ligações químicas resultam de desequilíbrios ocorridos nos campos magnéticos - leio -, explicação que acho demasiado apropriada para toda a distorsão que encontro em mim e à minha volta.
Porque é preciso chamar-se Stephen Merrit para se escrever e cantar coisas como I think I need a new heart, I'm sorry I love you* ou A chicken with its head cut off.
Porque. Porque.
Porque a verdade é que hoje eu queria estar num sítio apenas. Esse mesmo. Esse mesmo onde não quero estar.

(...)
We don't have to be stars exploding in the night
Or electric eels under the covers
We don't have to be
Anything quite so unreal
Lets just be lovers

(...)

Magnetic Fields, A chicken with its head cut off

5 comentários:

Menina Limão disse...

ainda não li o artigo. as minhas leituras estão mais que atrasadas. fiquei curiosa quanto aos teus conhecimentos pessoais relativamente ao artigo, tenho de ver isso. (sei quem são?)

Anónimo disse...

"The moon was singing the blues
The stars in the sky harmonized
singing it too
and I, far below
was singing low and slow
for you
and I know
all the world was singing the blues
The Queen was singing the blues
The President played the saxophone
sounded so along
it was on the news
And from Ursa Minor
in what looked like an all-night diner
came lonely luminous creatures
whose only human feature
was singing the blues
soft and low
The blues was singing the blues
The dead in their graves
and the gods in their caves,
they'd been waiting so long
to sing the blue song
about you..."

ana c. disse...

não conheces, limão. sossega a curiosidade ;-)

ana c. disse...

blue.you.

Fanã disse...

E agora "Distortion":

http://plastic--factory.blogspot.com/2008/05/crtica-magnetic-fields-distortion_01.html

Ontem foi:

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a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_

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