"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro
sexta-feira, maio 29, 2009
segunda-feira, maio 25, 2009
Kumi Oguro, Cactus,2003
Há momentos em que o amor é uma forma de nos enganarmos mais um pouco. Mais um pouco.
Etiquetas:
intimidades
sexta-feira, maio 22, 2009
Intimidade
TÍTULO ORIGINAL: "Intimité"
REALIZAÇÃO: Patrice Chéreau
PRODUÇÃO: França (2000)
INTÉRPRETES: Mark Rylance, Kerry Fox, Timothy Spall, Alastair Galbraith, Marianne Faithfull
ARGUMENTO: Patrice Chéreau, Anne-Louise Trividic (baseado nos contos "Intimidade" e "Ilusões Nocturnas" de Hanif Kureishi)
à hora marcada é possível o desastre.
a intimidade constrói-se de expectativa em expectativa.
o corpo jamais conseguirá ser apenas uma máquina.
quarta-feira, maio 20, 2009
sexta-feira, maio 15, 2009
Fronteiras do género
Antes do regresso, houve lugar para uma curta viagem. Não havia destino. O primeiro combóio a largar da estação será nosso, dissémos. Em qualquer outro lugar respirar-se-ia melhor do que aqui. E isto foi o que de mais sincero pensámos. De resto, bem sabíamos, queríamos destinos diferentes.
O primeiro combóio a sair da linha àquela hora da manhã seguia para Braga. Adormeci na viagem, entre fotos à paisagem, músicas do teu mp3 e estações de nomes invulgares.
De facto, o destino estava certo. Não podia ter havido melhor escolha naquela manhã. Braga está a ser palco de uma enorme mostra de fotografia no âmbito dos encontros de imagem: Fronteiras do género. Às portas da cidade, olhámos na direcção certa e iniciámos aí o roteiro. Braga tem espaços culturais de fazer inveja a qualquer outra cidade. A Casa dos Crivos, a Torre de Menagem, a Fonte do Ídolo, o Museu dos Biscaínhos... Vale a pena circular a pé à procura dos espaços que albergam imagens fortes, com muitos mundos e pessoas lá dentro. Aino Kannisto, Alexandra Pouzet, Kumi Oguro, Dagmar Sippel, Sibylle Fendt, Margarida Correia...
Até 31 de Maio. A ver. A voltar a ver.
Kumi Oguro, Casa dos Crivos
O primeiro combóio a sair da linha àquela hora da manhã seguia para Braga. Adormeci na viagem, entre fotos à paisagem, músicas do teu mp3 e estações de nomes invulgares.
De facto, o destino estava certo. Não podia ter havido melhor escolha naquela manhã. Braga está a ser palco de uma enorme mostra de fotografia no âmbito dos encontros de imagem: Fronteiras do género. Às portas da cidade, olhámos na direcção certa e iniciámos aí o roteiro. Braga tem espaços culturais de fazer inveja a qualquer outra cidade. A Casa dos Crivos, a Torre de Menagem, a Fonte do Ídolo, o Museu dos Biscaínhos... Vale a pena circular a pé à procura dos espaços que albergam imagens fortes, com muitos mundos e pessoas lá dentro. Aino Kannisto, Alexandra Pouzet, Kumi Oguro, Dagmar Sippel, Sibylle Fendt, Margarida Correia...
Até 31 de Maio. A ver. A voltar a ver.
Kumi Oguro, Casa dos Crivos
quinta-feira, maio 14, 2009
Tempus fugit
Eu tinha a melhor das intenções quando decidi partir. E a melhor das intenções era querer voltar. Mas antes de voltar eu queria ter dado voltas ao mundo para que ele saísse do lugar. Eu queria ter mochilas e sacos de viagem cheios de estórias, fotografias, mapas de cidades, pacotes de açúcar, folhetos do que aconteceu e eu vi, folhas de árvores recolhidas de avenidas enormes, notas escritas à pressa em mesas de cafés, bilhetes de cinema e de concertos, entradas para museus, memórias de janelas com vista para jardins... Em vez disso, subi e desci sempre as mesmas ruas. Desaprendi o fogo porque o Inverno foi lento e frio. Habituei-me em demasia aos casacos. Ao chá pela noite dentro. Desenvolvi a capacidade de me esquecer das coisas.
Tenho escrito muito pouco. Não que me deixe emocionar menos pelo mundo e pelas pessoas. Mas porque não me permito corromper o coração, trazendo-o para um tempo de escassez. Quero manter-me distante do que tenho que ser agora. Vivo a tempo inteiro aquilo que sempre vivi a meio-tempo. E começo a compreender o que verdadeiramente nos envelhece.
Nestes dias, é um privilégio ter onde, por fim, pousar as mãos. E, às vezes, é isso, só isso, e apenas isso, que me empurra o sorriso ao longo das horas.
Aqui estou. Hoje. Amanhã, arranquem-me o coração, ou devolvam-mo.
Tenho escrito muito pouco. Não que me deixe emocionar menos pelo mundo e pelas pessoas. Mas porque não me permito corromper o coração, trazendo-o para um tempo de escassez. Quero manter-me distante do que tenho que ser agora. Vivo a tempo inteiro aquilo que sempre vivi a meio-tempo. E começo a compreender o que verdadeiramente nos envelhece.
Nestes dias, é um privilégio ter onde, por fim, pousar as mãos. E, às vezes, é isso, só isso, e apenas isso, que me empurra o sorriso ao longo das horas.
Aqui estou. Hoje. Amanhã, arranquem-me o coração, ou devolvam-mo.
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- a entropia é a minha religião. alterno a leitura da bíblia com a interpretação de mapas e mãos. bebo, preferencialmente, azul. tenho, ainda, o hábito de escrever cartas_
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