moro do outro lado. lá, onde me encontra quem gosta. onde me encontra quem sabe. onde me encontra quem quer saber.
eu existo.
aqui, aconteceram apenas pequenas estórias sem a mínima importância.
"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro
terça-feira, julho 22, 2008
segunda-feira, julho 21, 2008
Fico contente por saber que a aldeia "nova" da Luz - aquela que pouco tem a ver com a outra onde a minha avó nasceu - tem um museu que está integrado na 5ª edição do festival Escrita na Paisagem.
a vizinha ucraniana entra cheia de sacos. pede um café por causa dos nervos.oferece duas tangerinas "muito boas" e desabafa dois ou três dos seus dramas. paga. bebe o café. e sai a correr, a esbracejar e a pedir "desculpa" "desculpa". tem um sorriso enorme. tão grande quanto os seus problemas.mas muito mais bonito.
domingo, julho 20, 2008
Andava em busca de uma alma semelhante à minha, e não podia encontrá-la. Procurava por todos os recantos da terra: era inútil a minha perserverança. E, no entanto, não podia continuar só. Precisava de alguém que aprovasse o meu carácter; precisava de alguém que tivesse as mesmas ideias que eu. (...) Era de tarde; a noite começava a estender o negrume do seu véu sobre a natureza. Uma bela mulher, que eu mal distinguia, estendia igualmente em meu redor a sua influência encantatória, e olhava-me compassiva; porém não ousava falar-me. Eu disse: "Aproxima-te de mim, para que distinga com nitidez os traços do teu rosto, porque a luz das estrelas não basta para os iluminar a esta distância." (...) Disse-lhe logo que a vi: "Vejo que a bondade e a justiça fizeram morada no teu coração: não poderíamos viver juntos. Agora admiras a minha beleza, que já transtornou a muitas; mas, mais tarde ou mais cedo, havias de arrepender-te de me teres consagrado o teu amor; porque não conheces a minha alma. Não que te seja alguma vez infiel (...) mas convence-te disto e nunca mais o esqueças: os lobos e os cordeiros não se olham com doces olhos. (...)
Isidore Ducasse Conde de Lautrémont. Cantos de Maldoror, fenda
Isidore Ducasse Conde de Lautrémont. Cantos de Maldoror, fenda
Asas do desejo
Anseias pela minha próxima distracção. Os corpos brancos nasceram com asas. Acreditas que és um deles. Sempre à espera da queda para te tornares verdadeiramente mortal. Mas eu quero-te do lado de cá. Porque preciso de continuar a acreditar que é possível voar com os pés bem assentes em terra.
ana c., Teresa, Julho08
ana c., Teresa, Julho08
sábado, julho 19, 2008
Nada dura para sempre. Nem o amor. Nem um piercing. Em ambos os casos, há sinais claros de desgaste. Em ambos os casos, ignorar tais sinais e ficar à espera do fim é uma escolha. O destino não existe.
E se escolhemos ficar e esperar é porque não nos importamos que o corpo ganhe as suas cicatrizes de guerra.
E se escolhemos ficar e esperar é porque não nos importamos que o corpo ganhe as suas cicatrizes de guerra.
sexta-feira, julho 18, 2008
All night long
Ontem fui raptada... O encontro com Peter Murphy foi perfeito. E aquela lua não estava assim tão longe, tão intocável, tão solitária.
(...)
Can you feel the light
The air is wild open
Oh you see the light it's coming through
It's there in the distance
Always offered to me
Always coming over a hill
Oh your see-saw smile
Lasts me all night long
Like a siren's curl
When the night is long
Now come hold my hand
No bad vibe hearts
Hold my hand you know
This journey could be long
(...)
quarta-feira, julho 16, 2008
Joan as Police Woman, to be loved
Joan Wasser tem um novo disco - To survive.
(e muitos músculos pelo que as imagens mostram...)
Gente do Sudoeste
Nunca fui muito adepta de festivais de verão. Ando há anos - praticamente desde que estou no Porto - para dar uma saltada ao de Paredes de Coura, mas nunca aconteceu. Por um motivo, ou por outro, nunca aconteceu. Detesto uma série de coisas que imagino estarem associadas aos festivais de verão: a confusão de pessoas, a falta de espaço, a mistura de cheiros... Mas talvez eu mate em agosto todos os meus preconceitos.E a verdade é que já me fervilha o sangue nas veias só de imaginar os nomes imperdíveis que por lá vão passar e algumas novidades que vou querer espreitar com atenção.
Não sei se conseguirei sobreviver ao momento em que Stuart A. Staples fará dançar a voz melancolicamente na noite...
De uma coisa estou certa: serão dias para partilhar com boa gente.
7 de Agosto: Bjork, Clã, Coldfinger
8 de Agosto: Goldfrapp, Tindersticks, Rita RedShoes, Nneka
9 de Agosto: Nitin Sawhney, Camané, David Fonseca, Deolinda
10 de Agosto: Xutos e Pontapés, Jorge Palma, Franz Ferdinand, Junior Boys, Shout out Louds
Não sei se conseguirei sobreviver ao momento em que Stuart A. Staples fará dançar a voz melancolicamente na noite...
De uma coisa estou certa: serão dias para partilhar com boa gente.
7 de Agosto: Bjork, Clã, Coldfinger
8 de Agosto: Goldfrapp, Tindersticks, Rita RedShoes, Nneka
9 de Agosto: Nitin Sawhney, Camané, David Fonseca, Deolinda
10 de Agosto: Xutos e Pontapés, Jorge Palma, Franz Ferdinand, Junior Boys, Shout out Louds
terça-feira, julho 15, 2008
o pior do dia
o pior que nos pode acontecer numa repartição pública é sermos atendidos pelo funcionário mais incompetente que por lá se passeia e ficarmos com a sensação de que o Estado quer fazer valer as suas leis mas até os interlocutores de que faz uso desconhecem como...
(pior, pior, talvez tenham sido os dois pneus rebentados mas pronto)
(pior, pior, talvez tenham sido os dois pneus rebentados mas pronto)
o melhor do dia
o melhor que nos pode acontecer enquanto se espera que chegue a nossa vez nos correios é descobrir por entre as futilidades livreiras que por lá ganham pó o terceiro livro de crónicas do antónio lobo antunes...
segunda-feira, julho 14, 2008
sexta-feira, julho 11, 2008
quarta-feira, julho 09, 2008
terça-feira, julho 08, 2008
The Savages,dir.Tamara Jenkins, 2007
(...) Teria sido muito melhor nascermos velhos e irmos rejuvenescendo até à infância, chegando finalmente à beira, não do túmulo, mas do ventre, tornando-nos com a idade crianças em busca de um ventre para onde gatinhar, não tendo que avançar, com cautelosa relutância em direcção ao pó da morte mas antes para um abrigo mais húmido e condescendente.
Djuna Barnes, O Bosque da noite, Relógio d'Água
Obrigada a "quens" de direito
segunda-feira, julho 07, 2008
sexta-feira, julho 04, 2008
quarta-feira, julho 02, 2008
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