That leaving feeling - Stuart A. Staples
I get that leaving feeling
this time it's here to stay
I've been weighing up the pulling
and pushing me away.
the past is so heavy
but it's something I can't leave
and this future is so certain
it just pushes me to my knees.
Lhasa :
Is that your heart talking
or just that befuddled mind?
the people that you love
they change when you leave them behind.
stuart staples :
But this rope that is pulling
is whittled down to a thread
and if I don't start climbing
pretty soon it'll be over my head
Lhasa :
we all have dreams of leaving
we all want to make a new start,
go and pack a little suitcase
with the pieces of our hearts.
all those worries and those sorrows
we can just toss them away,
buy a coffee and a paper
and those step on to a train.
Stuart Staples :
But I've been too long wandering
limping around this town
with everything that's pulling me
is pulling me further down.
Lhasa :
Go make all your excuses,
go say all you goodbyes
but take a look in the mirror
it's the hardest one you'll ever find.
all those worries and those sorrows
you can just toss them away.
go find a new tomorrow
and forget about your yesterdays.
so go and pat your kids
and kiss your dog goodbye,
leave your keys on the nail
with the sadness that's in your eyes.
Stuart Staples :
Maybe tomorrow, today looks like it's bringing rain
and I'll leave everything in order
I don't want nothing standing in my way
there are jobs that need tending
and the logs that are waiting to stack
and I'll leave everything in order
I don't want nothing that's going to hold me back
...
Pensei em deixar o blogue em pausa, sem grandes justificações, nem nenhum post especial. Apenas a data. Mas há muito que esta canção estava destinada à página principal deste espaço. E, por isso, aqui fica.
...
"Nada torna, nada se repete, porque tudo é real."
*Alberto Caeiro
terça-feira, abril 29, 2008
sexta-feira, abril 25, 2008
terça-feira, abril 22, 2008
andré cepeda,Untitled, Porto, 2007, lambda print on pvc, 3 + 1AP, 125 x 160 cm
há aqui um poema
engasgado nas mãos
já me desconheço em silêncio
segunda-feira, abril 21, 2008
uma inocente inclinação para o mal
a naifa
1. Um feitio de rainha
2. Filha de duas mães
3. Na página seguinte
4. Esta depressão que me anima
5. Um rapaz mal desenhado
6. Dona de muitas casas
7. O ferro de engomar
8. Apenas durmo mal
9. Pequenos romances
10. Na aula de dança
11. O ar cansado dos meus vestidos
12. Nas tuas mãos vazias
13. Uma ligeira indisposição
14. Apanhada a roubar
À primeira audição, não me desilude. À primeira audição, gostei, sobretudo, de "Nas tuas mãos vazias", "O ar cansado dos meus vestidos", " O ferro de engomar", "Na aula de dança" e "Esta depressão que me anima."
não quero o amor
o que me entusiasma é a boa imitação
1. Um feitio de rainha
2. Filha de duas mães
3. Na página seguinte
4. Esta depressão que me anima
5. Um rapaz mal desenhado
6. Dona de muitas casas
7. O ferro de engomar
8. Apenas durmo mal
9. Pequenos romances
10. Na aula de dança
11. O ar cansado dos meus vestidos
12. Nas tuas mãos vazias
13. Uma ligeira indisposição
14. Apanhada a roubar
À primeira audição, não me desilude. À primeira audição, gostei, sobretudo, de "Nas tuas mãos vazias", "O ar cansado dos meus vestidos", " O ferro de engomar", "Na aula de dança" e "Esta depressão que me anima."
não quero o amor
o que me entusiasma é a boa imitação
domingo, abril 20, 2008
conversas privadas em locais públicos I
Os amigos são aquelas pessoas que por serem amigos nos dizem toda e qualquer verdade. Para eles, e para nós, o elogio é tão válido quanto a crítica.
I
- Acreditas que há solução?
- Tu não és um problema para teres solução.
Os amigos são pessoas a quem podemos contar a mesma história um 100 número de vezes.
II
- É como no filme O despertar da mente: de nada te serve apagar momentos da memória porque ao tentar apagá-los vais perceber o quão importantes eles são para ti.
Os amigos fazem-nos rir mesmo quando já nos preparávamos para chorar.
III
- Julgas demasiado as outras pessoas e tu tens que mudar isso. Porque tu não és a dona da verdade. Num sentido moderno, tu pareces aquelas velhinhas da aldeia.
Os amigos são amigos e ponto final.
IV
- As pessoas não entendem o meu sentido de humor.
- Claro! Porque não é suposto tu fazeres piadas.
Os amigos antes da partida já pensam no regresso.
I
- Acreditas que há solução?
- Tu não és um problema para teres solução.
Os amigos são pessoas a quem podemos contar a mesma história um 100 número de vezes.
II
- É como no filme O despertar da mente: de nada te serve apagar momentos da memória porque ao tentar apagá-los vais perceber o quão importantes eles são para ti.
Os amigos fazem-nos rir mesmo quando já nos preparávamos para chorar.
III
- Julgas demasiado as outras pessoas e tu tens que mudar isso. Porque tu não és a dona da verdade. Num sentido moderno, tu pareces aquelas velhinhas da aldeia.
Os amigos são amigos e ponto final.
IV
- As pessoas não entendem o meu sentido de humor.
- Claro! Porque não é suposto tu fazeres piadas.
Os amigos antes da partida já pensam no regresso.
ana c.
Domingos de chuva ficam bem com Cocorosie e cigarros, casacos molhados, mãos frias, meias nos pés, pêlos de gato em calças escuras, conversas pseudo-filosóficas, auto-retratos, bolachas e chá, poemas inacabados, ausências, limpa-pára-brisas, elevadores de prédios antigos...
Domingos de chuva e a constatação absurda de que se emprestam isqueiros como prova de que algo se pode desprender sem dor de nós.
sábado, abril 19, 2008
it´s so true, indeed... sincerely...
os amigos são pessoas com quem até podíamos ir para a cama mas não vamos porque gostamos demasiado deles.
segunda-feira, abril 14, 2008
Digo-te por isso
Digo-te por isso
que não me obrigues a luz.
Que escrever não é fácil,
que viver não é fácil
quando começamos a frase a meio.
Que lavo a cara ao chegar tão tarde
e mesmo assim o dia não se despega,
e mesmo assim
tu não estás, ninguém está.
Que não tenho espaço na minha secretária,
na minha vida, na minha cama
para tanto espaço.
Que já me disseram urbana,
e nem por isso me disseram decadente,
e que eu gostei.
Que já me disseram
muitas vezes
disfarçadamente triste,
e que por isso, por ser triste, por
sermos todos tristes, não mo deviam dizer.
Digo-te por isso
que não era minha intenção dizer-te mais uns versos
tristes e sem luz, e por isso, só por isso,
não era minha intenção dizer-te nada.
Filipa Leal, O problema de ser norte
7 de Abril. Uns trocos na carteira e não resisto ao cheiro dos livros. Não resisto a algumas palavras. Quero saber o Problema de ser norte. Eu que vim do sul. Que trago a vida a crescer-me em bairros periféricos de cidades líquidas de cimento. Trago as ruas estreitas, escanzeladas, mal arrumadas de encontro aos prédios. Trago o corpo ainda a balançar num assento de bicicleta, sem abrir os braços para não perder o equilíbrio. Mãe, por favor, não me chames agora. Não tenho fome ainda. Ainda é dia. Não sei se algum dia será noite. É tão cedo, mãe. Eu fico.
Trago o Sul entranhado nas veias que irrigam o coração, que queimam o cérebro. O problema de ser sul é haver essa planície tão longa e triste que avisto da berma das casas, do começo da vila. Não me acabes já. Que não é tarde. E falta fogo.
O Problema de ser Norte é escrever como quem se esquece de alguém. Porque a escrita nada esquece. A escrita prolonga. E do amor, como da planície, reconhece-se o começo mas nunca o limite.
Eu escrevo para sentir que há vida aqui, aqui dentro. Mesmo que me cresçam cidades desordenadas nas veias. Mesmo que os olhos sejam grandes mas míopes, de rebordo negro, de cinza nos cantos, de fogos incompletos.
Eu não gosto de sofrer. Mas também detesto mentir.
O que eu queria mesmo era escrever para me salvar.
Para não ter medo.
Para te perder melhor.
Filipa Leal
Porque fazia sentido dizer. Sobretudo depois disto. E sabes? o meu exemplar tem um selo de 1 cêntimo colado na terceira página...
que não me obrigues a luz.
Que escrever não é fácil,
que viver não é fácil
quando começamos a frase a meio.
Que lavo a cara ao chegar tão tarde
e mesmo assim o dia não se despega,
e mesmo assim
tu não estás, ninguém está.
Que não tenho espaço na minha secretária,
na minha vida, na minha cama
para tanto espaço.
Que já me disseram urbana,
e nem por isso me disseram decadente,
e que eu gostei.
Que já me disseram
muitas vezes
disfarçadamente triste,
e que por isso, por ser triste, por
sermos todos tristes, não mo deviam dizer.
Digo-te por isso
que não era minha intenção dizer-te mais uns versos
tristes e sem luz, e por isso, só por isso,
não era minha intenção dizer-te nada.
Filipa Leal, O problema de ser norte
7 de Abril. Uns trocos na carteira e não resisto ao cheiro dos livros. Não resisto a algumas palavras. Quero saber o Problema de ser norte. Eu que vim do sul. Que trago a vida a crescer-me em bairros periféricos de cidades líquidas de cimento. Trago as ruas estreitas, escanzeladas, mal arrumadas de encontro aos prédios. Trago o corpo ainda a balançar num assento de bicicleta, sem abrir os braços para não perder o equilíbrio. Mãe, por favor, não me chames agora. Não tenho fome ainda. Ainda é dia. Não sei se algum dia será noite. É tão cedo, mãe. Eu fico.
Trago o Sul entranhado nas veias que irrigam o coração, que queimam o cérebro. O problema de ser sul é haver essa planície tão longa e triste que avisto da berma das casas, do começo da vila. Não me acabes já. Que não é tarde. E falta fogo.
O Problema de ser Norte é escrever como quem se esquece de alguém. Porque a escrita nada esquece. A escrita prolonga. E do amor, como da planície, reconhece-se o começo mas nunca o limite.
Eu escrevo para sentir que há vida aqui, aqui dentro. Mesmo que me cresçam cidades desordenadas nas veias. Mesmo que os olhos sejam grandes mas míopes, de rebordo negro, de cinza nos cantos, de fogos incompletos.
Eu não gosto de sofrer. Mas também detesto mentir.
O que eu queria mesmo era escrever para me salvar.
Para não ter medo.
Para te perder melhor.
Filipa Leal
Porque fazia sentido dizer. Sobretudo depois disto. E sabes? o meu exemplar tem um selo de 1 cêntimo colado na terceira página...
quinta-feira, abril 10, 2008
ana c.
talvez agora pudesse apagar a tua imagem incendiária,
mas preciso muito lembrar as tuas mãos ou a forma como
os teus olhos riam, preciso muito da primeira canção ou
um beijo urgente, sabes
a memória de ti não chega, não acalma não acaba
há noites em que o silêncio me devolve o grito e a pergunta
e o medo, e então prefiro pensar que estás aí,
a olhar-me entre as palavras, nas ruas por onde passo
na noite onde te invento e adormeço
Susana Almeida
in Revista Criatura
à venda aqui
quarta-feira, abril 09, 2008
Amor
Sentaste-te a meu lado. Era Verão, um vento estonteante agitava as folhas secas. Perguntei-te: "Amas-me?". E tu disseste: "Sabes bem que o amor não é uma resposta".
Ana Marques Gastão, Lápis Mínimo
Julião Sarmento,I Love You Too Much (with crate), 2006
Fiberglass, resin, fabric, wood crate, newspapers, burlap
140 x 200 x 200 cm
Ana Marques Gastão, Lápis Mínimo
Julião Sarmento,I Love You Too Much (with crate), 2006
Fiberglass, resin, fabric, wood crate, newspapers, burlap
140 x 200 x 200 cm
A vizinha ucraniana só queria um cigarro porque enerva esta coisa de estar há 6 meses em Portugal a trabalhar em limpezas de condomínios. E fumou o cigarro à porta da noite, antes de ir dormir o pouco que pode dormir porque às 6h20 da manhã terá de apanhar um autocarro para o próximo condomínio a limpar.
E a noite esfumou-se. Não nos olhos da ucraniana mas nos meus. Porque percebi que nunca vou perceber quase nada desta vida por mais que me detenha nos seus pormenores.
E a noite esfumou-se. Não nos olhos da ucraniana mas nos meus. Porque percebi que nunca vou perceber quase nada desta vida por mais que me detenha nos seus pormenores.
terça-feira, abril 08, 2008
Acto de fé
A incapacidade de amar resulta da incapacidade de fazer promessas.
Profecia
É quando as mãos se recusam ao gesto que o coração morre um pouco mais.
Parábola
Vem. Pára-me a respiração por momentos.
Acto de contrição
Há beijos perfeitos. Mas o coração não se alimenta pela boca.
Penitência
Deixar as mãos em jejum.
A incapacidade de amar resulta da incapacidade de fazer promessas.
Profecia
É quando as mãos se recusam ao gesto que o coração morre um pouco mais.
Parábola
Vem. Pára-me a respiração por momentos.
Acto de contrição
Há beijos perfeitos. Mas o coração não se alimenta pela boca.
Penitência
Deixar as mãos em jejum.
não consigo explicar. e agora que o peso da chuva aumenta a imensidão da noite, ainda menos. mas juro-vos. ontem sonhei que estava numa sala e que nessa sala havia ratos e que esses ratos, a dada altura, se transformavam em coelhos e esses coelhos, por sua vez, se transformavam em sapatos. e depois o sonho continuava por aí fora, sem nexo algum. e eu acordei sem perceber nada. mas gostava. mas não consigo. felizmente, os meus sonhos conseguem ser mais complicados do que a minha vida.
ou não.
ou não.
sábado, abril 05, 2008
sexta-feira, abril 04, 2008
Teresa Sá
as mãos são a primeira relíquia
a guardar religiosamente no baú fundo das memórias
as mãos mais do que os olhos partem
quinta-feira, abril 03, 2008
quarta-feira, abril 02, 2008
Não tenho qualquer dúvida. As melgas gostam do meu sangue. Quando dou por elas é sempre tarde demais. Acordo como que para a metamorfose de Kafka. Mas é impossível esconder-me. A boca, os olhos...a reacção do corpo é semelhante. Parece que levei um murro nas ventas. No outro dia aconselharam-me um gel para reduzir a reacção alérgica. Dirigi-me à farmácia mais próxima, já sem vestígio da picada, e o técnico que me atendeu torceu o nariz, disse que aplicar uma pomada nos lábios não seria grande ideia e perante o meu desesperado "então o que é que sugere?" respondeu que o melhor era eu cobrir-me durante o sono. Logo eu que detesto dormir com a cabeça tapada! Não segui o conselho. Hoje acordei com o olho direito à boavista, mas na sua versão menos negra. Aconselham-se agora uns óculos de sol. Que a luz da tarde até os pede, mesmo sem qualquer outra desculpa.
terça-feira, abril 01, 2008
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