





©ana
fechadas as janelas do jardim,
nem o sorriso se escancara.
corro em semi-círculos,
sem acrobacias,
à descoberta de labirintos de estátuas
e de escadas onde heras crescem enleadas
em feixes de luz.
os troncos das árvores retorcem memórias
e há rectângulos de relva que reflectem nos olhos o azul.
a água é templo onde as mãos buscam saber o secreto flutuar dos corpos.
daqui em diante,
já não me resta qualquer dúvida:
transformo-me num ramo,
a alvoroçar folhas na cadência tímida
de um vento de Outono.